quinta-feira, 31 de março de 2011
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
O lateral direito Pedro Grané era um exímio cobrador de faltas e pênaltis. Devido aos chutes extremamente poderosos,e seu grande porte físico foi apelidado de "420", calibre de mais poderoso canhão alemão da época.
Diziam que todas as vezes que Grané ia cobrar um tiro de meta os companheiros pediam para que chutasse devagar, senão a bola se perderia pela linha de fundo do gol adversário. Seu bom desempenho com a bola parada fez com que se transformasse no maior defensor artilheiro da história do Corinthians, com 50 gols marcados em 179 jogos.
Iniciou sua carreira no Ypiranga, em seguida veio fazer sucesso e se consagrar na história do Corinthians. Existem muitas lendas em torno dos petardos de Grané; uma delas, por exemplo, dá conta de um amistoso da Seleção Paulista contra a Carioca, na década de 1920, quando o então goleiro vascaíno Jaguaré (que em 1934 jogaria pelo Corinthians em 15 oportunidades), da Seleção Carioca, o desafiou em uma cobrança de pênalti. A torcidade ficou apavorada e das arquibancadas pedia para Grané chutar devagar e não matar Jaguaré. Grané por sua vez falou nada, e na cobrança simplesmente fraturou os dois pulços do goleiro.
Ficha técnica:
Nome: Pedro Grané
Nascimento: 10 de novembro de 1897
Cidade natal: São Paulo (SP) Brasil
Carreira Corinthians: 1924 - 1934
Títulos pelo Corinthians: Campeonato Paulista (1924, 1928, 1929, 1930)
O Corinthians, melhor time do Campeonato de ponta a ponta chegou à final com o Cruzeiro, de Fábio Júnior, revelação do campeonato e candidato a destaque das finais. No entanto, Gamarra anulou o atacante e ganhou todas as jogadas nas duas partidas. O Corinthians sagrou-se campeão brasileiro e Gamarra, com a autoridade de grande líder do time e símbolo da raça corinthiana, levantou o troféu. Sua bola refinada rendeu-lhe em 1998, pela segunda vez, a Bola de Prata da revista Placar.
A única expulsão de Gamarra com a camisa do Corinthians e uma das pouca ao longo da sua carreira, foi em um jogo contra o União Barbarense, no Canindé. Em decisão contestada, o árbitro Paulo César de Oliveira expulsou o paraguaio, interpretando jogada violenta.
A dolorosa desclassificação nos pênaltis para o Palmeiras nas quartas de final da Copa Libertadores da América de 1999 não diminuiu o ímpeto de Gamarra buscar mais um título paulista, batendo na final o próprio Palmeiras, vingando a desclassificação na competição sul-americana. Na briga generalizada, Gamarra juntamente com o capitão palmeirense Zinho, tentou apaziguar a batalha. Esse jogo marcou sua despedida do time do povo. Cansando da maratona de jogos no Brasil e seduzido pelo sonho brilhar na Europa, o atleta se transferiu para o Atlético de Madrid.
Novamente não se adaptou e não conseguiu repetir as boas atuações que teve no Corinthians. Chegou a ficar no banco de reservas e foi rebaixado para a segunda divisão espanhola. Tentou retornar ao Corinthians, mas sem sucesso, frustrando o zagueiro. Acabou aceitando uma proposta do Flamengo em 2000, mas envolvido com problemas de d financeira, deixou o clube após a conquista do Campeonato Carioca de 2001, transferindo-se para a Grécia. Após ser considerado o melhor zagueiro do país, finalmente um clube grande europeu lhe abriu as portas. Internazionale de Milão, em 2002. Ficou na Itália por três anos, quando voltou ao Brasil para defender a equipe do Palmeiras e conquistar a terceira bola de prata da carreira. Gamarra ainda disputou as Copas do Mundo de 2002 e 2006.
No tempo curto em que jogou pelo Corinthians, Gamarra demonstrou que um jogador de defesa pode ser bom sem cometer faltas, jogando bonito e limpo. Foi um zagueiro amado e reverenciado pela Fiel graças a sua entrega e dedicação dentro de campo.
Ficha técnica:
Nome: Carlos Alberto Gamarra Pavón
Nascimento: 12 de fevereiro de 1971
Cidade natal: Ypacaraí, Paraguai
Carreira no Corinthians: 1998 - 1999
Títulos pelo Corinthians: Campeonato Brasileiro (1998)
Campeonato Paulista (1999)
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Autor do gol da vitória no jogo final do Campeonato Paulista de 1977, contra a Ponte Preta-SP, João Roberto Basílio, virou herói da noite para o dia. Não era para menos: graças aquele lance, o Corinthians voltava a ser Campeão Paulista depois de 22 anos, 8 meses e uma semana.
Contratado junto a Portuguesa-SP para substituir Rivelino, Basílio raramente errava passes a curta distância. Mas também era incapaz de fazer jogadas geniais. Encerrou a carreira no Taubaté-SP, e se tornou depois, técnico efetivo do Timão em três oportunidades: 1987, 1989, 1990 e 1992.
Carreira como técnico
João Roberto Basílio, o herói do título paulista de 1977 como jogador, assumiu em quatro oportunidades o cargo de técnico. Na primeira, em 1985, como interino, por um só jogo do Campeonato Paulista, contra o São Paulo-SP. Na segunda, em 1987, logo depois da demissão de Jorge Vieira, durante a péssima campanha no primeiro turno do Paulista. Na terceira, entre 1989 e 1990, pela primeira vez como técnico efetivo. E na quarta, em 1992.
Ficha Técnica
Nome completo: João Roberto Basílio
Nascimento: 04 de Fevereiro de 1949
Cidade natal: São Paulo (SP), Brasil
Titulos pelo Timão: Campeonato Paulista 1977
Campeonato Paulista 1979
Carreira no Timão: 1975 à 1981
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Ficha técnica:
Nome: Armando Del Debbio
Nascimento: 02 de novembro de 1904
Cidade natal: Santos (SP), Brasil
Carreira no Corinthians: 1922 - 1931; 1937-1939
Títulos pelo Corinthians: Campeonato Paulista (1922, 1923, 1924, 1928,1929, 1930, 1937, 1939)
Cabeceio: Bom na antecipção
Chute: Pé direito - Muito forte. Pé esquerdo - Razoável.
Velocidade: Lento.
Habilidade: Deixava a desejar, destacava-se mais pela disposição.
Posicionamento: Muito bom, sempre estava no lugar certo, na hora certa.
Marcação: Excelente, muito aplicado.
No ano seguinte, 1952, novamente o jogador conquistou o Campeonato Paulista. Em 1953 e 1954, conquistou também o Torneio Rio-São Paulo, que na época era equivalente ao que é o Campeonato Brasileiro hoje, além da Pequena Taça do Mundo disputada na Venezuela. Sem falar na conquista do IV Centenário.Com o passar do tempo, o futebol oportunista de Carbone foi caindo de produção. Na campanha do título paulista de 1954(a do IV Centenário), ele já não era mais titular, cedendo o lugar ao jovem Rafael, prata da casa. Ainda assim, participou de duas partidas.
Em 1957, com 29 anos de idade, Carbone trocou o Corinthians pelo Botafogo de Ribeirão Preto. Na sua despedia, o Corinthians perdeu por 2 a1 no Pacaembu para o Rosário Central, em partida amistosa.
Ficha técnica:
Nome: Rodolpho Carbone
Nascimento:02 de novembro de 1927
Cidade natal: São Paulo (SP) Brasil
Carreira Corinthians: 1951 - 1957
Títulos pelo Corinthians: Pequena Taça do Mundo (1953)
Campeonato Paulista (1951, 1952, 1954)
Torneio Rio-São Paulo (1953, 1954)
Torneio Internacional Charles Muller (1955)
sábado, 4 de dezembro de 2010
Em 1950, titular absoluto do Corinthians, com 28 anos, Cláudio vivia o seu melhor momento da carreira, e mesmo assim não foi convocado para a Copa do Mundo disputada no Brasil. Com a contusão do e corte do gaúcho Tesourinha, o técnico Flávio Costa preferiu improvisar o vascaíno Alfredo, que era lateral, em vez de dar uma chance ao atacante corinthiano. Talvez se Cláudio estivesse no Maracanã na tarde de dia 16 de Julho de 1950, a história seria diferente.
Para sua decepção pessoal, o "Gerente", injustamente, nunca disputou uma Copa do Mundo. Nas oportunidades em que Cláudio esteve a serviço da Seleção, conquistou o campeonato Sul-Americano em 1949, batendo o Paraguai por 7 a 0 na final
A grande consagração de Cláudio no futebol ocorreu mesmo após a união com Baltazar e Luizinho no ataque do Corinthians. As chegadas rápidas à linha de fundo, cruzamentos perfeitos e cobranças mortais de escanteios consagraram muitas vezes Baltazar, "Cabecinha de Ouro" e Luizinho, "Pequeno Polegar".
Após quase uma década de jejum de títulos no certame regional, o Corinthians voltava a festejar uma conquista estadual, depois de uma campanha irretocável e de um ataque avassalador, formado por Cláudio, Luizinho, Baltazar, Carbone e Mário que balançaram as redes adversárias em 103 oportunidades, se transformando no primeiro ataque a conseguir esta marca na era profissional, uma média extraordinária de 3,43 gols por partida, quebrando assim o recorde Santista da década de 20. Para completar a festa, a tabela do Campeonato Paulista marcava para a última rodada o confronto entre Corinthians e o Arqui Rival Palmeiras, azar dos Alvi Verdes, em 27/01/52 o Timão faz uma partida perfeita para comemorar a conquista estadual, vence o Palmeiras pelo placar de 3x1, fazendo o terceiro gol antes dos 30 minutos do primeiro tempo, com Luizinho fechando o placar com um gol de letra.A fase de ouro do Corinthians no início dos anos 1950, que culminou com os títulos paulistas de 1951, 52 e 54 e os torneios Rio-São Paulo em 1950, 53 e 54, além da "Pequena Taça do Mundo" conquistada na Venezuela em 1953, renderam ao "Gerente" Cláudio status de ídolo da Fiel e o respeito das demais torcidas adversárias.
Um de seus gols mais famosos aconteceu no Pacaembu, na decisão do Torneio Internacional Charles Miller, contra o Benfica de Portugal, vencida pelo Corinthians por 2 x 1. Cláudio cobrou uma falta em que a bola, antes de entrar, descreveu uma sinuosa curva no ar, definida pelo próprio goleiro Costa Pereira como uma "curvita".
Seu último gol foi marcado contra o XV de Pircacicaba na vitória por 5 a 2 pelo Campeonato Paulista, em dezembro de 1957. Foi aos 9 minutos que o "Gerente" balançou as redes.
Cláudio permaneceu como titular do time corintiano até 1957, quando, depois da derrota para o São Paulo no jogo decisivo do Campeonato Paulista (1 x 3), decidiu se tornar técnico. Antes de se tornar técnico oficiamente, comandou a equipe interinamente em três oportunidades a pedido dos atletas. A moral que Cláudio possuía com os companheiros era tamanha que nessas ocasiões - Em 1948, em conjunto com os demais jogadores, Servílio e Hélio, nem substituição ao técnico Gentil Cardoso, em 1954, sozinho quando o treinador oficial Rato não pôde viajar em uma excursão para Recife - ele assumiu o cargo acumulando duplas funçoes: técnico e jogador. Sua carreira como técnico oficialmente teve início em 1958, quando a diretoria o convidou para comandar a equipe. No comando da equipe foram 75 jogos, 40 vitórias, 19 empates e 16 derrotas.
Cláudio também ganhou um busto que está em frente a entrada social do clube. Ninguém em toda a história do Corinthians marcou mais gols como Cláudio Christovam de Pinho, ao todo foram 305, apesar de no seu busto constar 295.
Ficha técnica:
Nome: Cláudio Christóvam de Pinho
Nascimento: 18 de julho de 1922
Cidade natal: Santos (SP), Brasil
Carreira no Corinthians: 1945 - 1957
Títulos pelo Corinthians: Pequena Taça do Mundo (1953)
Campeonato Paulista (1951, 1952, 1954)
Torneio Rio-São Paulo (1950, 1953, 1954)
Torneio Internacional Charles Muller (1955)
Cabeceio: Fraco.
Chute: Pé direito - Forte, colocado, venenosíssimo.
Pé esquerdo - Regular.
Velocidade: Era um de seus pontos fortes.
Habilidade: Excepcional. Costumava levantar a bola antes de cruzá-la para a área.
Posicionamento: Era uma espécie de técnico em campo, posicionando-se muito bem e orientando os companheiros.
Marcação: Não marcava. Era marcado.