quinta-feira, 31 de março de 2011

Jogadores Históricos Grandes jogadores que atuaram pelo Corinthians e se tornaram ídolo da fiel torcida: EM BREVE HISTÓRICO DO JOGADOR PELO CORINTHIANS Goleiros: Dida Gilmar Ronaldo Tobias Tuffy Julio César Defensores: Grané Ídario Oreco Zé Maria Wladimir Del Debbio Ditão Domingos da Guia Gamarra Jaú Henrique Chicão Meio-Campistas: Biro-Biro Brandão Rincón Vampeta Basílio Carbone Luizinho Marcelinho Carioca Neto Mascherano Roberto Belangero Sócrates Rivellino Ricardinho Servílio Atacantes: Amilcar Baltazar Casagrande Cláudio Edilson Flavio Neco Palhinha Ronaldo Fenômeno Servílio Teleco Carlitos Tévez Viola Luizão Dinei Garrincha Liedson

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Grané
O lateral direito Pedro Grané era um exímio cobrador de faltas e pênaltis. Devido aos chutes extremamente poderosos,e seu grande porte físico foi apelidado de "420", calibre de mais poderoso canhão alemão da época.

Diziam que todas as vezes que Grané ia cobrar um tiro de meta os companheiros pediam para que chutasse devagar, senão a bola se perderia pela linha de fundo do gol adversário. Seu bom desempenho com a bola parada fez com que se transformasse no maior defensor artilheiro da história do Corinthians, com 50 gols marcados em 179 jogos.

Iniciou sua carreira no Ypiranga, em seguida veio fazer sucesso e se consagrar na história do Corinthians. Existem muitas lendas em torno dos petardos de Grané; uma delas, por exemplo, dá conta de um amistoso da Seleção Paulista contra a Carioca, na década de 1920, quando o então goleiro vascaíno Jaguaré (que em 1934 jogaria pelo Corinthians em 15 oportunidades), da Seleção Carioca, o desafiou em uma cobrança de pênalti. A torcidade ficou apavorada e das arquibancadas pedia para Grané chutar devagar e não matar Jaguaré. Grané por sua vez falou nada, e na cobrança simplesmente fraturou os dois pulços do goleiro.

Ficha técnica:
Nome:
Pedro Grané
Nascimento: 10 de novembro de 1897
Cidade natal: São Paulo (SP) Brasil
Carreira Corinthians: 1924 - 1934
Títulos pelo Corinthians: Campeonato Paulista (1924, 1928, 1929, 1930)
Gamarra
O zagueiro começou sua vida futebolística no modesto 30 de Agosto do Paraguai. Com 17 anos, resolveu tentar a sorte no tradicional Cerro Portenõ. Gamarra dividia seu tempo entre o trabalho na olaria de seu pai e os treinos no período da tarde. Sonhava em ser meio-campista, mais precisamente volante. Em 1991, graças ao técnico Paulo César Carpegiani, foi recuado para a zaga e acabou desistindo da idéia de meio campo.

Com uma carreira promissora em vista, ele sabia da necessidade de jogar fora do Paraguai para ganhar mais visibilidade. No Independiente da Argentina, o atleta não se adaptou. Em 1995 o procurador de Gamarra, ofereceu-o para diversos clubes brasileiros, entre eles Vasco, São Paulo, Santos e até o própio Corinthians, mas sempre ouvia uma resposta negativa devido a sua baixa estatura. Com 1m80, os dirigentes o consideravam baixo para a posição, mas a sorte de Gamarra mudou quando foi oferecido ao Internacional. Em 1996, finalmente, ele desembarcou sem alarde em Porto Alegre. Aos poucos foi despertando confiança na torcida e ganhou a Bola de Prata da revista Placar. No ano seguinte, foi fundamentou na conquista do campeonato gaúcho. Atraído por uma proposta boa financeiramente, Gamarra se transferiu para o Benfica de Portugal.

Sem mercado na Europa e sem conquistar títulos, decidiu voltar ao Brasil. Vanderlei Luxemburgo, que montava até então um apenas razoável time para o Corinthians, foi buscar Gamarra no Benfica. No começo de 1998, chegou ao Parque São Jorge ao lado de Vampeta, para se tornar seguramente um dos melhores zagueiros da história do Timão.

Sua estreia aconteceu em um amistoso com a Ponte Preta no dia 2 de março, em Serra Negra. O placar final foi de 1 x 1, Gamarra fizera seu primeiro gol com o manto sagrado.

Ao lado do jovem zagueiro Cris, formado na base, Gamarra fazia uma excelente dupla de zaga no Campeonato Paulista, dosando muita técnica e raça. O paraguaio apresentava uma categoria fora do comum para um zagueiro. Não perdia nenhuma disputa de bola, fosse pelo alto, ou por baixo. Raramente cometia faltas.

Na Copa da França de 1998, Gamarra não cometeu nenhuma falta. Na partida das oitavas de final, contra os franceses, o zagueiro mostrou toda sua dedicação e garra. Mesmo deslocando o ombro 2 centímetros do lugar, pediu para o médico imobiliza-lo para que ele pudesse voltar a campo. Os paraguaios perderam por com um gol na prorrogação, mas zagueiro, além de mostrar a força da garra corinthiana, foi escolhido como o melhor zagueiro da Copa.
Na sua volta ao Corinthians, começou o Campeonato Brasileiro com a tarja de capitão. O "fair play" do zagueiro era tão "absurdo" que ele chegou a ficar 724 minutos sem cometer faltas. Uma marca quase impossível para um jogador da posição.

O Corinthians, melhor time do Campeonato de ponta a ponta chegou à final com o Cruzeiro, de Fábio Júnior, revelação do campeonato e candidato a destaque das finais. No entanto, Gamarra anulou o atacante e ganhou todas as jogadas nas duas partidas. O Corinthians sagrou-se campeão brasileiro e Gamarra, com a autoridade de grande líder do time e símbolo da raça corinthiana, levantou o troféu. Sua bola refinada rendeu-lhe em 1998, pela segunda vez, a Bola de Prata da revista Placar.

A única expulsão de Gamarra com a camisa do Corinthians e uma das pouca ao longo da sua carreira, foi em um jogo contra o União Barbarense, no Canindé. Em decisão contestada, o árbitro Paulo César de Oliveira expulsou o paraguaio, interpretando jogada violenta.


A dolorosa desclassificação nos pênaltis para o Palmeiras nas quartas de final da Copa Libertadores da América de 1999 não diminuiu o ímpeto de Gamarra buscar mais um título paulista, batendo na final o próprio Palmeiras, vingando a desclassificação na competição sul-americana. Na briga generalizada, Gamarra juntamente com o capitão palmeirense Zinho, tentou apaziguar a batalha. Esse jogo marcou sua despedida do time do povo. Cansando da maratona de jogos no Brasil e seduzido pelo sonho brilhar na Europa, o atleta se transferiu para o Atlético de Madrid.

Novamente não se adaptou e não conseguiu repetir as boas atuações que teve no Corinthians. Chegou a ficar no banco de reservas e foi rebaixado para a segunda divisão espanhola. Tentou retornar ao Corinthians, mas sem sucesso, frustrando o zagueiro. Acabou aceitando uma proposta do Flamengo em 2000, mas envolvido com problemas de d financeira, deixou o clube após a conquista do Campeonato Carioca de 2001, transferindo-se para a Grécia. Após ser considerado o melhor zagueiro do país, finalmente um clube grande europeu lhe abriu as portas. Internazionale de Milão, em 2002. Ficou na Itália por três anos, quando voltou ao Brasil para defender a equipe do Palmeiras e conquistar a terceira bola de prata da carreira. Gamarra ainda disputou as Copas do Mundo de 2002 e 2006.

No tempo curto em que jogou pelo Corinthians, Gamarra demonstrou que um jogador de defesa pode ser bom sem cometer faltas, jogando bonito e limpo. Foi um zagueiro amado e reverenciado pela Fiel graças a sua entrega e dedicação dentro de campo.

Ficha técnica:
Nome: Carlos Alberto Gamarra Pavón
Nascimento: 12 de fevereiro de 1971
Cidade natal: Ypacaraí, Paraguai
Carreira no Corinthians: 1998 - 1999
Títulos pelo Corinthians: Campeonato Brasileiro (1998)
Campeonato Paulista (1999)

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Basílio
Autor do gol da vitória no jogo final do Campeonato Paulista de 1977, contra a Ponte Preta-SP, João Roberto Basílio, virou herói da noite para o dia. Não era para menos: graças aquele lance, o Corinthians voltava a ser Campeão Paulista depois de 22 anos, 8 meses e uma semana.

Contratado junto a Portuguesa-SP para substituir Rivelino, Basílio raramente errava passes a curta distância. Mas também era incapaz de fazer jogadas geniais. Encerrou a carreira no Taubaté-SP, e se tornou depois, técnico efetivo do Timão em três oportunidades: 1987, 1989, 1990 e 1992.

Carreira como técnico
João Roberto Basílio, o herói do título paulista de 1977 como jogador, assumiu em quatro oportunidades o cargo de técnico. Na primeira, em 1985, como interino, por um só jogo do Campeonato Paulista, contra o São Paulo-SP. Na segunda, em 1987, logo depois da demissão de Jorge Vieira, durante a péssima campanha no primeiro turno do Paulista. Na terceira, entre 1989 e 1990, pela primeira vez como técnico efetivo. E na quarta, em 1992.






Ficha Técnica
Nome completo: João Roberto Basílio
Nascimento: 04 de Fevereiro de 1949
Cidade natal: São Paulo (SP), Brasil
Titulos pelo Timão: Campeonato Paulista 1977
Campeonato Paulista 1979
Carreira no Timão: 1975 à 1981

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Del Debbio
Del Debbio, zagueiro oriundo do segundo quadro corinthiano, assumiu a posição de titular no Campeonato Paulista de 1922. Após sua estréia, foi-se firmando como um dos mais perfeitos zagueiros que já vestiram a camisa corintiana. Raçudo, marcador duro e implacável, dono de um chute forte.
Del Debbio foi o único jogador que participou dos três tricampeonatos corintianos. Logo na estréia entre os titulares, se sagrou campeão paulista de 1922. Um ano muito especial, em que era comemorado o primeiro centenário da Independência do Brasil. Nas temporadas seguintes (1923 e 1924), comandaria a defesa na campanha do primeiro tricampeonato.

Mas foi a partir de 1928 e até 1930, em outro tricampeonato paulista do clube, que Del Debbio chegou ao auge atuando no Brasil. Eram os tempos em que formava uma defesa (na época, chamada de "trio final") inesquecível, ao lado do goleiro Tuffy e do zagueiro-direito Grané.

Em pleno auge da carreira, Del Debbio foi impedido de disputar a Copa do Mundo realizada no Uruguai, em 1930. A Seleção Brasileira foi enfraquecida devido a briga entre os paulistas e cariocas.

A rivalidade política foi refletida no futebol. A divergência entre a Confederação Brasileira de Desportos (CBD), essencialmente carioca, não convidou membros da Associação Paulista de Esportes Atléticos (Apea) para tomar parte da comissão técnica que iria ao Uruguai. Em retaliação, a Apea não permitiu que clubes de São Paulo liberassem jogadores à seleção. Apenas o atacante Araken Patuska conseguiu ir à Copa porque estava brigado com o seu time, o Santos.

Sem poder contar com craques como Friedenreich, Feitiço e Del Debbio, a seleção brasileira fez uma campanha medíocre na primeira Copa do Mundo da história.

Em 1931, aproveitando-se de sua ascendência italiana, foi defender a Lazio e tornou-se um dos primeiros jogadores a tentar a sorte no exterior. Del Debbio permaneceu na Itália por cinco anos, retornando ao Brasil para novamente defender o Corinthians em 1937, ainda a tempo de conquistar o Campeonato Paulista desse ano, primeiro da era profissional do clube.

Em 1938, ele herdou das mãos de Neco e Ântonio Pereira a equipe que posteriormente seria campeã conqustando assim seu primeiro título como treinador do Corinthians. Em 1939, uma emergência em um jogo contra o Ypiranga - O time estava sem seus zagueiros, que haviam se machucado -, Armando Del Debbio precisou entrar em campo novamente commo jogador. Essa participação fez com que ele se tornasse campeão como treinador e também como jogador ao mesmo tempo.
No ano de 1947, lançou na equipe principal do Corinthians aquele que seria um dos maiores jogadores da história do clube, o centro-médio Roberto Belangero.

Ficha técnica:
Nome:
Armando Del Debbio
Nascimento: 02 de novembro de 1904
Cidade natal: Santos (SP), Brasil
Carreira no Corinthians: 1922 - 1931; 1937-1939
Títulos pelo Corinthians: Campeonato Paulista (1922, 1923, 1924, 1928,1929, 1930, 1937, 1939)

Cabeceio: Bom na antecipção
Chute: Pé direito - Muito forte. Pé esquerdo - Razoável.
Velocidade: Lento.
Habilidade: Deixava a desejar, destacava-se mais pela disposição.
Posicionamento: Muito bom, sempre estava no lugar certo, na hora certa.
Marcação: Excelente, muito aplicado.

Carbone

Assim como dizia a música: "Gol de Baltazar", de autoria de Alfredo Barbosa, Carbone era o "Artilheiro Espetacular". A letra dizia assim: O mosqueteiro, ninguém pode derrotar, Carbone é o artilheiro espetacular...". No entanto, a alcunha de homem-gol já existia desde os tempos de Juventus, velha preda no sapato alvinegro, o meia-esquerda adorava fazer do Corinthians uma das suas principais vítimas. Em 9 jogos contra o Timão, Carbone fez 6 gols. Assim, os diretores do Corinthians foram até o time da Mooca para trazer Rodolpho Carbone para o Parque São Jorge.

Nascido e criado na Zona Leste, sua ascenção foi meteórica ao chegar ao Corinthians. Contribuiu para o recorde do ataque dos cem gols em 1951 anotando 30 destes, sagrando-se artilheiro máximo do Campeonato Paulista.

Sua estreia aconteceu no amistoso realizado contra o Nacional do Paraná em 29 de abril de 1951. O Corinthians venceu por 5 a2 e Carbone marcou o terceiro gol do Timão. Seu primeiro dos 135 em que marcou com o manto sagrado.
Com a bola nos pés, era um valente. O jogador embrenhava-s na defesa adversáro para marcar de qualquer forma que fosse. Carbone era um verdadeiro pesadelo para qualquer defensor adversário. O lendário goleiro Poy, que diversas vezes o efrentou quando defendia o São Paulo, revelou tempos depois que havia sentido gana de matar Carbone! Depois de encerrar a carreira, costumava contar suas peripécias nos jantares organizados pelo "Gerente" Cláudio - recordações que são feitas em meio a muitas gargalhadas.



No ano seguinte, 1952, novamente o jogador conquistou o Campeonato Paulista. Em 1953 e 1954, conquistou também o Torneio Rio-São Paulo, que na época era equivalente ao que é o Campeonato Brasileiro hoje, além da Pequena Taça do Mundo disputada na Venezuela. Sem falar na conquista do IV Centenário.Com o passar do tempo, o futebol oportunista de Carbone foi caindo de produção. Na campanha do título paulista de 1954(a do IV Centenário), ele já não era mais titular, cedendo o lugar ao jovem Rafael, prata da casa. Ainda assim, participou de duas partidas.

Em 1957, com 29 anos de idade, Carbone trocou o Corinthians pelo Botafogo de Ribeirão Preto. Na sua despedia, o Corinthians perdeu por 2 a1 no Pacaembu para o Rosário Central, em partida amistosa.

Ficha técnica:
Nome: Rodolpho Carbone
Nascimento:02 de novembro de 1927
Cidade natal: São Paulo (SP) Brasil
Carreira Corinthians: 1951 - 1957
Títulos pelo Corinthians: Pequena Taça do Mundo (1953)
Campeonato Paulista (1951, 1952, 1954)
Torneio Rio-São Paulo (1953, 1954)
Torneio Internacional Charles Muller (1955)

sábado, 4 de dezembro de 2010

Cláudio
Nascido e falecido em Santos, iniciou sua carreira no própio Santos Futebol Clube em 1940. A exemplo de seu companheiro de ataque do Corinthians, Luizinho, Cláudio também era de estatura baixa, medindo apenas 1m62 - era ainda dois centímetros mais baixo que o "Pequeno Polegar". Procurava compensar seu corpo franzino com a habilidade em toques rápidos e dribles curtos. Especialista em bolas paradas, Cláudio usava a camisa 7, era um exímio cobrador de faltas, pênaltis, escanteios. Decidiu muitos jogos a favor do Corinthians com sua mortal bola parada.
Para os mais antigos que o viram jogar, em muito se assemelhava ao de outro ídolo corinthiano já de uma época mais moderna, Marcelinho Carioca.

Em 1942, Cláudio teve passagem rápida pelo Palestra Itália (que, naquele mesmo ano, mudou o nome para Palmeiras). Foi campeão, marcando, inclusive, o primeiro gol da história do clube com o novo nome, na decisão do Campeonato Paulista contra o São Paulo.

A timidez de Cláudio porém prejudicou muito a sua adaptação a São Paulo e abreviou sua carreira no Palmeiras. Em 1943, retornou a Baixada Santista. Dois anos depois, em 1945, o Corinthians desceu a serra e trouxe Cláudio para o Parque São Jorge, dando início a uma longa trajetória de títulos e alegrias durante 12 anos.

A estreia pelo novo clube aconteceu no Pacaembu em um clásico válido pela Taça São Paulo contra o São Paulo, no dia 14 de março de 1945. No empate em 4 a 4, Cláudio não marcou. Seu primeiro viria na partida seguinte, contra o Palmeiras pela mesma competição,também no Pacaembu. Cláudio balançou as redes de Oberdan Catani aos 36 minutos do primeiro tempo e Gonzáles empatou para o Palmeiras na etapa final. O palacar do "Dérbi" terminou em 1 a 1.

Com o passar do tempo, Cláudio demonstrava uma lideranã inata no grupo de jogadores: era o capitão da equipe e enxergava muito bem o jogo, sendo uma espécie de técnico em campo. Graças a essas qualidades, Cláudio ganhou o apelido de "Gerente".

Em 1950, titular absoluto do Corinthians, com 28 anos, Cláudio vivia o seu melhor momento da carreira, e mesmo assim não foi convocado para a Copa do Mundo disputada no Brasil. Com a contusão do e corte do gaúcho Tesourinha, o técnico Flávio Costa preferiu improvisar o vascaíno Alfredo, que era lateral, em vez de dar uma chance ao atacante corinthiano. Talvez se Cláudio estivesse no Maracanã na tarde de dia 16 de Julho de 1950, a história seria diferente.

Para sua decepção pessoal, o "Gerente", injustamente, nunca disputou uma Copa do Mundo. Nas oportunidades em que Cláudio esteve a serviço da Seleção, conquistou o campeonato Sul-Americano em 1949, batendo o Paraguai por 7 a 0 na final

A grande consagração de Cláudio no futebol ocorreu mesmo após a união com Baltazar e Luizinho no ataque do Corinthians. As chegadas rápidas à linha de fundo, cruzamentos perfeitos e cobranças mortais de escanteios consagraram muitas vezes Baltazar, "Cabecinha de Ouro" e Luizinho, "Pequeno Polegar".

Após quase uma década de jejum de títulos no certame regional, o Corinthians voltava a festejar uma conquista estadual, depois de uma campanha irretocável e de um ataque avassalador, formado por Cláudio, Luizinho, Baltazar, Carbone e Mário que balançaram as redes adversárias em 103 oportunidades, se transformando no primeiro ataque a conseguir esta marca na era profissional, uma média extraordinária de 3,43 gols por partida, quebrando assim o recorde Santista da década de 20. Para completar a festa, a tabela do Campeonato Paulista marcava para a última rodada o confronto entre Corinthians e o Arqui Rival Palmeiras, azar dos Alvi Verdes, em 27/01/52 o Timão faz uma partida perfeita para comemorar a conquista estadual, vence o Palmeiras pelo placar de 3x1, fazendo o terceiro gol antes dos 30 minutos do primeiro tempo, com Luizinho fechando o placar com um gol de letra.A fase de ouro do Corinthians no início dos anos 1950, que culminou com os títulos paulistas de 1951, 52 e 54 e os torneios Rio-São Paulo em 1950, 53 e 54, além da "Pequena Taça do Mundo" conquistada na Venezuela em 1953, renderam ao "Gerente" Cláudio status de ídolo da Fiel e o respeito das demais torcidas adversárias.

Um de seus gols mais famosos aconteceu no Pacaembu, na decisão do Torneio Internacional Charles Miller, contra o Benfica de Portugal, vencida pelo Corinthians por 2 x 1. Cláudio cobrou uma falta em que a bola, antes de entrar, descreveu uma sinuosa curva no ar, definida pelo próprio goleiro Costa Pereira como uma "curvita".

Seu último gol foi marcado contra o XV de Pircacicaba na vitória por 5 a 2 pelo Campeonato Paulista, em dezembro de 1957. Foi aos 9 minutos que o "Gerente" balançou as redes.

Cláudio permaneceu como titular do time corintiano até 1957, quando, depois da derrota para o São Paulo no jogo decisivo do Campeonato Paulista (1 x 3), decidiu se tornar técnico. Antes de se tornar técnico oficiamente, comandou a equipe interinamente em três oportunidades a pedido dos atletas. A moral que Cláudio possuía com os companheiros era tamanha que nessas ocasiões - Em 1948, em conjunto com os demais jogadores, Servílio e Hélio, nem substituição ao técnico Gentil Cardoso, em 1954, sozinho quando o treinador oficial Rato não pôde viajar em uma excursão para Recife - ele assumiu o cargo acumulando duplas funçoes: técnico e jogador. Sua carreira como técnico oficialmente teve início em 1958, quando a diretoria o convidou para comandar a equipe. No comando da equipe foram 75 jogos, 40 vitórias, 19 empates e 16 derrotas.


Cláudio também ganhou um busto que está em frente a entrada social do clube. Ninguém em toda a história do Corinthians marcou mais gols como Cláudio Christovam de Pinho, ao todo foram 305, apesar de no seu busto constar 295.

Ficha técnica:
Nome: Cláudio Christóvam de Pinho
Nascimento: 18 de julho de 1922
Cidade natal: Santos (SP), Brasil
Carreira no Corinthians: 1945 - 1957
Títulos pelo Corinthians: Pequena Taça do Mundo (1953)
Campeonato Paulista (1951, 1952, 1954)
Torneio Rio-São Paulo (1950, 1953, 1954)
Torneio Internacional Charles Muller (1955)

Cabeceio: Fraco.
Chute: Pé direito - Forte, colocado, venenosíssimo.
Pé esquerdo - Regular.
Velocidade: Era um de seus pontos fortes.
Habilidade: Excepcional. Costumava levantar a bola antes de cruzá-la para a área.
Posicionamento: Era uma espécie de técnico em campo, posicionando-se muito bem e orientando os companheiros.
Marcação: Não marcava. Era marcado.